sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

2ª Parte Especial: Kayin O. Gnnar e Akai Hataki W.

Song: Ana Carolina – Entreolhares
  (http://www.youtube.com/watch?v=YnZ0JBp4wWE&ob=av2el)

Kayin Gannar diz:
  Fazia uma falsa careta de bravo, coisa que seria impossível de se fazer com o rapaz realmente, roçando o nariz contra seus cabelos.
- Bobo... Você deveria se divertir um pouco também, espairecer, descansar de todo o trabalho que deve estar tendo. - Afastava a franja de Akai com a palma da mão, olhando no fundo de seus olhos com um sorriso adorável. Gostava de notar a própria mudança de atitude quando estava perto dele, do quando se tornava mais doce e suave para tocá-lo, de como seu corpo todo parecia receptivo a ele.
- Continuo apenas preocupando você, não é? - Seus dedos deslizavam entre as mechas dos cabelos do jovem, até seus dedos se encaixarem perfeitamente à sua nuca, mantendo-se ali.

Akai Hataki diz:
  Respirou fundo sentindo-o tão próximo, era tão carinhoso consigo, Kayin mexia com seu coração, abalava suas estruturas, atraía sua alma.
- Eu sei que essas coisas demoram, e que não houve tempo para o repouso, ou mesmo diversão...
Suspirou, observando-lhe tão de perto, a respiração agora um pouco quente. Sorriu ao afagar teus cabelos, ao que dizia.
- Eu acho que certas coisas nunca vão mudar...
Serrou os olhos por um instante, talvez com um pouco de pesar.
- Até o dia que não esteja mais longe de ti...Apoiou a teste na do outro.

                                   Kayin Okia Gnnar

Kayin Gannar diz:
  Riu baixo do que Akai dizia, algo tão real e tão próximo para ele. Abraçou-o e não deixou nenhum espaço para possíveis reclamações do jovem quando o puxou para baixo da água maravilhosamente quente e acolhedora, enquanto silenciava suas palavras com um beijo. Os lábios de Kayin misturavam-se com a água que escorria por ele molhando as últimas peças das roupas que usavam. Deixava Akai contra a parede de frios azulejos, separando a boca da dele para olhá-lo profundamente com seus olhos cinzentos, a água quente escorrendo e caindo sobre seus longos cabelos negros.
- Você nunca vai estar longe de mim, por que me pertence Akai. Não importa o que aconteça... Vida, morte. Essas coisas não são nada... Não significam nada.

Akai Hataki diz:
  Deu um passo para trás ao que Kayin abraçava a si e o punha de baixo do chuveiro, molhando completamente seus cabelos desta vez. Sentiu a respiração quente e então os lábios do amado, suas mãos repousavam agora uma sob o ombro e a outra sob o peito do mais velho, aquele toque lhe dera a sensação de volúpia, de bem estar, amor e carinho, coisas que sentia apenas com aquele homem, aquele ser.
- Nunca vai me esquecer não é?...
Sorria rosando as narinas uma na outra, erguendo os olhos aos poucos.
 - Meu Kayin...
Tocava-lhe a face com carinho, afastando uma mexa de teus cabelos do rosto agora úmido. Respirou fundo olhando no fundo dos olhos do outro.
- Não importa onde eu esteja, quero que me busque...
Piscou algumas vezes sentindo as gotículas de água escorrerem pela face e corpo.
- Você sempre será a minha família, é assim que eu quero, você a meu lado...
Buscava-lhe a mão direita, trazendo-a para si, beijou-lhe com carinho os dedos, tocando a aliança que ali havia.

Song: Hikaru Utada - First Love
(http://www.youtube.com/watch?v=Z40D5rLNTXA)

 Letra da música:

Kayin Gannar diz:
  Buscá-lo. A palavra poderia soar banal se não possuísse um significado tão profundo para o Demoni... Buscar Akai onde estivesse aonde pudesse encontrá-lo, não era apenas uma forma carinhosa de estar próximo dele, mas um meio de dizer que agora possuía a plena autorização do mortal para resgatá-lo de onde quer que fosse. Os olhos de Kayin demonstravam a surpresa que aquele pedido havia lhe trazido, tamanha que não permitiu que o rapaz afastasse os lábios de seus dedos, prendendo-o com um beijo.
- Eu te buscaria onde quer que fosse, mesmo que isso me custasse tudo o que tenho... Você sabe disso... Você é a única coisa que me importa nessa existência amaldiçoada, meu único repouso.
Sussurrava entre o beijo, libertando-o para se livrar das peças de tecido molhado que pesavam no corpo e agora deixavam o corpo mais quente com a água do banho que escorria pela pele.

                                   Akai Hataki Woei

Akai Hataki diz:
  Nunca tivera certeza se poderia pedir aquilo a ele, eram muitas coisas em jogo e riscos, mas para o jovem humano ultrapassar as barreiras do que se era considerado correto para estar ao lado daquela pessoa tão especial, não haviam mais limites. Sorriu carinhoso para ele observando as expressões de surpresa do Demoni, e na medida em que lhe falava seu sorriso alargava-se, transformado. Deixou que ele se livra-se das peças para então voltar a seus braços, agora debaixo do chuveiro, aquecendo a ambos os corpo, rosou a face contra o peito do amado sorridente, sentia o peito ali bater forte e sabia quão maravilhosa era aquela sensação.
- Sempre juntos... Meu Kayin...

Kayin Gannar diz:
  Afagava os cabelos molhado do rapaz com excepcional cuidado, gostando do tato macio que possuíam ainda mais embaixo da água quente. Beijava seu ombro e pescoço enquanto esticava a mão em busca do sabonete de perfume agradável, passando-o pelas costas do menor.
Deslizava sobre a pele de Akai sentindo suas formas, farejando a pele molhada até próximo da orelha.
- Vou matar minha saudade de você...

Song: Tori Amos - Sleeps With Butterflies
(http://www.youtube.com/watch?v=Hr0wRxVr30k)

Akai Hataki diz:
  Sentia os lábios lhe percorrerem o corpo, eram tão macios e a sensação era muito agradável, a pedra perfumada sob sua pele deslizava com facilidade ao toque de Kayin. Ergueu um pouco o rosto observando-o, era tão amoroso, como sentia falta dele, todo aquele tempo sem seu amado; suspirou. Uma de suas mãos buscou o shamppo, pegando um pouco do conteúdo com cuidado buscou os cabelos de Kayin, enrolando-os na lateral do corpo sob o peito tocando-lhe os fios úmidos, sorriu ao observar o Demoni, untando-lhe com o produto, lavando-lhe os belos cabelos.
- Seus cabelos estão lindos, amor... Sorriu de canto, buscando cada mexa com os dedos.
- Sabe que é uma das coisas que admiro como consegue mantê-los assim...

Kayin Gannar diz:
  Ajudava-o a trazer os cabelos para que os lavasse com aquele cuidado e admiração.  Sorria para ele, pois aquelas longas mechas negras, macias como a mais suave seda, haviam sido o início de tudo... Kayin se lembrava daquele momento com extrema nitidez em sua mente.
- Você ainda gosta deles, não é? - Ria baixo, deslizando as mãos ensaboadas pelos ombros do mortal, espalhando a delicada espuma por seu tórax atlético e de pele clara. Adorava observá-lo, memorizá-lo em seus detalhes, em cada suave curva do corpo jovem e forte.


                                        Kayin e Akai

Akai Hataki diz:
  Deslizava as mãos desde o topo de sua cabeça descendo aos poucos cuidado dos longos belos de Kayin. Sorriu de canto ao vê-lo rir-se, mordeu o lábio inferior ao que desviou o olhar para os fios sedosos.
 - É uma coisa que me atrai... Desde aquele dia...
Erguia os olhos observando os de chuva de seu amado. Colocou para trás os cabelos deste e virou-se aos poucos segurando as mãos do amado, trazendo-as para si, recostando-se agora de costas contra o peito de Kayin, abraçando-lhe as mãos ao redor de sua cintura.
- Não me esqueço como me abraçou quando dormimos juntos pela primeira vez...
Sorriu de canto, olhando-lhe de soslaio.
- Nunca me deixe partir, sem dizer que me ama, meu Kayin...
 O sorriso era doce, sua respiração estava mais calma, sentia-se muito confortável entre aqueles braços, protegido.

Song: EXTREME - MORE THAN WORDS

Kayin Gannar diz:
  - Jamais... - Kayin respirava perto da pele do jovem, abraçando-o contra o próprio corpo, o queixo encaixado perfeitamente sobre seu pescoço.
  Seria impossível Akai... Eu não vou me cansar de te dizer isso... Nunca. Enquanto eu viver, durante todas as vidas que tiver... Você vai ter que escutar isso vindo de mim.
Erguia uma das mãos para virar de leve o rosto do jovem de lado, beijando-o no canto dos lábios, sobre o ombro e pescoço.
- eu te amo... Sempre amarei...

Akai Hataki diz:
  Arqueou uma das sobrancelhas ao escutá-lo dizer aquilo, e depois sorriu ao que ele terminava de falar consigo, seu coração batia mais forte, não conseguia mais se ver sem ele a seu lado, sem a companhia de Kayin.
- Passamos tantas coisas juntos...
Comentava virando o rosto ao toque do amado, recebendo aquele pequeno beijo, o qual significava tanto.
- Mesmo que eu quisesse, eu nunca conseguiria me esquecer de você... Virava-se aos poucos tocando-lhe a face, puxando-o para de baixo d'água.
- Você é o meu coração... Sorriu beijando de leve os lábios do mais velho, passando agora as mãos pelos cabelos do mesmo, o enxaguando.
- Você o faz bater, assim tão forte... Rosou as narinas uma na outra serrando os olhos sentindo agora as gotículas de água caírem sob a face, sorria.
- Tão vivo.

Kayin Gannar diz:
  Beijou-o novamente, encaixando a boca na dele, naquela mistura boa do gosto de Akai e da água com resto de shampoo perfumado. Mesmo sendo estranho, era doce e calmante, cada vez mais uma certeza de se estar no lugar certo. O sabão que estava sobre o rapaz se dissipou com a água e a mão de Kayin espalhou mais espuma pelo corpo do jovem, deixando sua boca para limpar seus quadris, pernas e pés, tudo com grande zelo até que estivesse perfumado e enxaguado.

Akai Hataki Woei diz:
  Sentia os lábios quentes de Kayin, aquele sabor era muito bom, o gosto que ele tinha e dividia consigo sua pele, seu cheiro, suas energias misturavam-se naquela troca, um contato mais profundo, transformado em um beijo profundo de baixo d'água. Deixava que ele o banha-se ao que se enamoravam, e quando teve certeza de que o havia acabado, buscou o sabão e deslizou pelo corpo do outro lavando-lhe as costas, pescoço, voltando a olhá-lo nos olhos ao que a mão escorria por seu peitoral desnudo, tão bem definido. Sorriu de canto descendo, passando pelo abdômen, barriga onde parava por um instante rodeando-lhe o umbigo, aproximou o rosto e sussurrou.
- Pele macia... Sorriu descendo mais a mão, passando pelas coxas as ensaboando.

Kayin Gannar diz:
  Aproveitou-se do menor assim distraído entre a pele e a espuma, servindo um pouco de shampoo pelas mãos e espalhando pelos cabelos dele. O cheiro bom que lhe vinha às narinas, de Akai e perfume unidos, era muito agradável. Brincava com os cabelos do rapaz, rindo com o comentário.
- Prefiro a sua se quer saber. Mas cada um tem suas preferências...
Ria suave, usando as mãos para tirar a espuma branca dos cabelos do mortal, evitando que o sabão tomasse seus olhos.

Akai Hataki Woei diz:
  Riu-se ensaboando todo, passando as mãos para as costas deslizando pelas nadegas, abaixou-se um pouco apenas para terminar pelas coxas, pernas e pés, subindo aos poucos deixando que ele termina-se de lavar seus cabelos, enxaguou-os de baixo da água, limpando o rosto com uma das mãos ao que a outra o puxou pela nuca colando os lábios e mais um beijo gostoso.
- te amo...
Falava num sussurro, todo aquele carinho e amor que sentia pelo outro crescia cada dia mais, fosse pela distância que tinham, apenas os fortalecia mais e mais.

Kayin Gannar diz:
  Kayin estendeu o braço e fechou o registro do chuveiro. Estava com a pele quente e levemente corada, algo com o qual não estava muito habituado. Brincou com os cabelos de Akai, agitando as mechas para deixá-las levemente mais secas.
- Vamos nos secar agora, rapazinho... Essa água quente está me dando calor...  - Ria, lambendo a água da bochecha de Akai com um olhar lascivo e brincalhão.

                                       Kayin e Akai

Akai Hataki diz:
  A água cessava à medida que a torneira era fechada, sacudiu um pouco os cabelos, vendo Kayin lhe ajudar, deixando-o todo arrepiado, riu-se puxando uma toalha e pôs sobre os ombros do outro.
- É foi um banho muito bom...
Sorriu de canto, pegando mais uma toalha e cobrindo as costas, saindo de dentro do box ao puxar a porta de vidro, deixando aquele ar mais fresco adentrar, mesmo que ali dentro do banheiro ainda estivesse mais quente, via o vapor existente, sustentado pelos vidros do vitrô fecho. Pegou mais uma toalha pondo no ombro, enxugaria os cabelos. Olhou para Kayin por um instante e sorriu.
- Vem, tem roupas e uma cama quente, para você...
Piscava para ele enrolando-se na toalha branca, tinha um olhar matreiro, fofo.

Kayin Gannar diz:
  O ar fresco do lado de fora do box, arrepiou a pele de Kayin de uma forma tão humana que quase o surpreendeu. Após tanto tempo fora da Terra, ainda se pegava surpreso com coisas tolas como aquela. Sorriu, secando as costas e arrumando a toalha em volta da cintura enquanto torcia algumas gotas dos cabelos longos na pia.
- Eu não me preocuparia com roupas por enquanto...- Sorria, abraçando Akai pelas costas e beijando seu pescoço sem aviso, quase mordiscando-o.

  Song: - Estaba Escrito

Akai Hataki diz:
  Enxugava o corpo aos poucos, pensando já que tinha coisas a arrumar, com aquele tempo chuvoso um bom caldo seria perfeito para o jantar, no entanto voltou a si quando sentiu o abraço do outro e ao escutar as palavras deste corou bastante baixando o olhar, abraçou as mãos que lhe envolviam e sorriu virando um pouco o rosto.
- É verdade, há, há, há...
Aos poucos se voltou para ele e disse todo fofo.
 - Posso cuidar de você, só um pouquinho?...Pedia fazendo biquinho com os lábios, com um olhar bastante convincente até, mostrou com os dedos o "pouquinho", enfatizando, fazendo daquilo quase que uma brincadeira.
- Só que no quarto... Piscou para ele, matreiro.

Kayin Gannar diz:
  Devolveu pra ele um olhar mandão, que quase imitava o biquinho dele, mas de uma forma mais imperativa. Quando se deu por vencido (o que não demorou muito na verdade), sorriu, passando os dedos nos cabelos de Akai mais uma vez.
- Esta bem, está bem... Como quiser... - Roubava mais um beijo dele andando em sua frente para o quarto.

Akai Hataki diz:
  Mordeu os lábios um pouco tímido pelo olhar do outro, mas quando ele concordou seus olhos claros pareceram brilhar, sorrindo alegremente.
- Isso!...
Guiou-lhe até o quarto, fazendo Kayin sentar sobre a cama, ali estava mais fresco, mas ele não se importava, subia sobre a cama e ficava atrás do Demoni, pegou a toalha que estava sobre seu ombro e recolheu os cabelos úmidos com as mãos começando a enxugar-lhe os longos cabelos, aproximou-se um pouco e beijou-lhe o ombro carinhoso, rosando a narina sob a pele do amado.
- Quero cuidar muito de você, enquanto está aqui, fazê-lo se sentir em casa... Amor.

Kayin Gannar diz:
  Curvava um pouco os ombros, apoiando os cotovelos sobre os joelhos para relaxar um pouco mais enquanto o rapaz lhe secava os cabelos. Sorria devagar com as palavras dele. Akai parecia tão animado e ansioso em agradá-lo, que aquilo lhe dava um riso baixo nos lábios.
- Mas não quero que fique cuidando de mim... Não quero que fique apenas me servindo como se fosse um pajem...
Franzia as sobrancelha,s olhando para o rapaz com o canto do olhar, bem para sobre o ombro onde depositava os beijos.

                                    Akai Hataki Woei

Akai Hataki diz:
  As mãos que lhe secavam os cabelos paravam de se mexer aos poucos, sentindo uma pontada com o que escutara, baixou o olhar e disse.
- Desculpa...
Pareceu não saber o que fazer naquela ocasião, desejava apenas ficar junto e mimá-lo um pouco, mas Kayin não parecia acostumado com aquilo, pelo menos ainda. Puxou a toalha a pondo sobre os próprios cabelos deixando que a franja lhe cobri-se os olhos perdidos.

Kayin Gannar diz:
  Suspirou quando notou o quanto o rapaz havia se ressentido com o que havia dito. Virou-se para ele, erguendo a toalha que estava sobre sua cabeça.
- Deixe de tolices... Só não quero que haja nenhuma necessidade  de fazer isso por mim, Akai. Não quero perder meu tempo com você entretido com bobagens como essa... - Tocava o queixo do humano com os dedos esguios, olhando em seus olhos distantes.
 - Me desculpe. Não achei que isso fosse te chatear.

Akai Hataki diz:
  Talvez a distância fizesse aquilo, ao mesmo tempo em que crescia a sua maturidade, pela falta de um convívio mais efetivo Akai sentia a necessidade de mostrar o quanto o outro era querido por si e tentava lhe demonstrar aquilo. Suspirou olhando-o nos olhos deu um sorriso leve e depois o abraçou.
- Ta tudo bem...O que importa é que está aqui comigo, em casa.
Virou um pouco o rosto aspirando o cheiro dos cabelos do Demoni, aquela energia que fluía de seu corpo, forte e ferrenha. Queria ele junto de si, amá-lo com todo o seu ser.
- Amor.


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Especial - Kayin O. Gnnar e Akai Hataki W.

Song: [http://www.youtube.com/watch?v=UaJaBsfZyuU]


Akai Hataki diz:
Estava sentado na sacada de casa, algumas semanas haviam se passado desde que não vira mais ao outro, do lado de fora da casa chovia, era uma água forte que aos poucos ia diminuindo a intensidade, estava recostado em um dos pilares observando o jardim, fazia muito tempo que não ficava em casa só daquele jeito. Sua família estava viajando, parecia tudo silencioso. Viam-lhe memórias antigas, o dia que conhecera a garota que os pais trouxeram uma vez a casa para conhecê-lo, e depois sua ida a faculdade e os meses sem Kayin.

Kayin Gannar diz:
   O vento que açoitava as gotas de chuva também tocava o tecido molhado e grudado aos ombros daquele que observava os portões da casa. Para si, o tempo havia passado morosamente, devagar em dias inacabáveis. Agora, quanto observava as gotas sobre cada folha e escutava com tamanha nitidez o dobrar de cada flor, sentia-se mais aquecido - mesmo estando ensopado pela água fria daquela chuva pesada, que aos pouco se tornava fina e delicada, apenas um chuvisqueiro rotineiro. Via o jovem à sacada com o olhar distante e a imagem lhe tirava um grave sorriso nos lábios.

Akai Hataki diz:
   Respirou fundo erguendo os olhos, observando além do jardim os portões baixos da lateral da casa, estava mais frio o tempo, deveria ligar o aquecedor interno da casa. Ergueu-se aos poucos e então viu uma figura a muitos metros, não reconhecia de pronto, pois estavam distantes, quando forçou a vista que se espantou ficando pálido, pulou da sacada sem nem olhar para trás, saindo na garoa que caia leve ainda, em passos longos passando pelo caminho de pedras até chegar ao portão de madeira, trancado apenas com a tranca de ferro maleável. Ao que parou diante da mesma segurou a madeira fria, piscando algumas vezes, tentando ter certeza de que não era uma ilusão sua, o rosto molhava com o bater do vento que provocava a queda mais forte das gotículas.

Kayin Gannar diz:
  Aproximou-se do portão e deixou as mãos se assentarem sobre a madeira molhada, sem temperatura que não fosse a própria. Poderia recostar a testa na do jovem se desejasse, mas apenas observou o fundo daqueles olhos que há muito não via. Sorriu, sem deixar nenhuma palavra escapar pelo vão de seus dentes, apenas deixando o vento e a água envolvê-los naquele curto momento de silêncio e reconhecimento.
- Me convide para entrar.

Kayin Okia Gnnar

Akai Hataki diz:
Sentiu as batidas do coração acelerarem ao notar que não era sua imaginação aquilo, buscou a trava da porta com as mãos puxando rápido, um pouco atrapalhado talvez, mas era pela ansiedade, puxando então o portão deixando-os numa distância curta
 - Entre, por favor!...
Erguia uma das mãos um pouco indicando que se aproxima-se, pois ele era bem vindo aquela casa, seus olhos estavam trêmulos, o frio fazia sua respiração ficar mais quente, ele sentia uma sensação de felicidade fora do comum.


Kayin Gannar diz:
   Com o portão aberto, ainda seguro pelas mãos do jovem, observou suavemente o corpo que servia de obstáculo entre a entrada e o jardim. Seu olhar enevoado transmitia o calor que notava igualmente no olhar do jovem humano que lhe abria o caminho para entrar livremente naquela casa protegida.
Dava um passo curto, mas o bastante para aproximar-se demais, talvez até indevidamente do jovem rapaz, o suficiente para respirar mais profundamente seu cheiro inebriante e sentir o calor de suas roupas que iam se molhando com a chuva.
- Venha,vamos sair da chuva.
 Estendia a mão para ele, a mão direita onde estava repousada a aliança que havia sido dada já há algum tempo.

Akai Hataki diz:
   Ele sorriu aceitando a mão do outro, encostou a porta com a outra apenas e o guiou para dentro, ele havia se molhado muito, mas Akai pouco. Caminharam até a cobertura da entrada da casa. Akai retirou os chinelos com os próprios pés, sem deixar a mão do outro a qual segurava, sentindo o outro, Kayin estava frio devido à chuva.
 - Você deve tomar um banho, não quero que se resfrie...
Disse num tom ameno, porém antes de adentrarem a casa, ergueu a outra mão levando a face do outro acariciando-o.
- Eu senti tanto a sua falta...

Kayin Gannar diz:
  Mantinha o olhar fixo em Akai como se fosse uma presa. Não desejava perdê-lo de vista ou esquecer seu rosto, o tom de sua doce voz. Deslizava os dedos entre os dele apenas para sentir a textura de sua pele novamente naquele toque tão cálido, puxando o ar quase desprendia de seus cabelos úmidos como o mais adorável dos perfumes.
Quando alcançaram a sacada e o jovem lhe disse sobre qualquer coisa que envolvia um resfriado - afinal não estava com a atenção nas palavras de Akai - abruptamente puxou-o pela mão, envolvendo-o num abraço sem nenhum pudor. Sequer passou por sua mente que poderiam haver outras pessoas na casa ou na rua... Apenas arrebatou o jovem que lhe pareceu subitamente pequeno entre os fortes braços e mergulhou os lábios contra os dele num beijo cheio de saudades, porém breve. Soltou-se daquela boca contra a própria vontade, apenas com um sorriso delicado nos lábios, feliz de arfar o ar e notar que o jovem estava sozinho.
- Você está certo... Devemos tomar um banho. Eu lavo suas costas se lavar as minhas.




Akai Hataki diz:
   Seus olhos ergueram-se ao sentir ele lhe abraçar, não houve tempo para nada, quando pensou em dizer algo seus lábios estavam unidos aos dele, o que lhe fez perder o ar por alguns instantes, como se aquele beijo lhe tira-se os pés do chão. Seus olhos claros serraram-se sentindo aquela textura macia e o gosto de Kayin, porém ele se afastou e falou consigo. Baixou o olhar por um instante e sorriu contente, ele estava de volta     em casa     . Puxou a maçaneta da porta com uma das mãos indicando que poderia entrar.
 - Eu cuido de você...
Sorriu de canto adentrando a casa. Estava tudo silencioso ali, os empregados haviam tirado férias e tudo estava tranqüilo. Guiou-lhe pelos cômodos até chegarem a seu quarto, encostou a porta apenas e logo foi buscar toalhas para eles. - Como se sente, está tudo bem?

Kayin Gannar diz:
   Era bom estar de volta aquela casa que possuía um cheiro tão familiar. Com seus sentidos podia reconstruir todas as últimas cenas que haviam se passado pelos corredores, escutar o som da água que descia pelas calhas e batia contra as janelas...e o melhor, sentir a respiração de Akai e o bater de seu coração como se fossem uma extensão dele mesmo. Mantinha o sorriso nos lábios até entrar pelo quarto do jovem e observar a chuva pela janela, o dia cinzento como a cor de seus próprios olhos.
- Me sinto bem agora...Aqui... Não podia alongar mais essa ausência.

Akai Hataki diz:
   Ele buscou roupas limpas, secas dentro do armário, quentes tecida de felpudo, brancas para o outro e negras para si.
- Eu estava esperando por você...
Sorriu de canto.
 - Venha, nada de tosse!...
Riu-se gracioso, indicando com a mão que lhe segui-se. Adentraram o banheiro, não parecia ter mudado muito, estava todo arrumado e limpo. Akai sempre tivera aquela característica da organização, o que era algo bom. Ligou o chuveiro esperando que esquenta-se a água, deixou as roupas na cadeira e pendurou as toalhas que estavam sob o ombro no vidro. Então voltou-se para o outro e tocou-lhe o peito com uma das mãos, olhou para ele e sorriu, logo buscando a barra da vestimenta, ajudando-o a se despir da roupa molhada.

Kayin Gannar diz:
  Achava deveras gracioso da parte dos mortais fazer essa singela ligação entre roupas molhadas com tosse e resfriados. Possuía um corpo forte, mas não se achava propenso às doenças assim tão tolas, que as crianças Urhads normalmente tinham. Mas aceitava aquele cuidado carinhoso de Akai de qualquer forma, já que era isso o que lhe importava.
Erguia os braços para facilitar o trabalho do jovem e livrar-se da peça que usava, uma blusa pesada e de gola v, negra como a noite. Era tecida de uma trama diferente de fios muito grossos, que tinham a aparência de lã, mas o toque macio como um veludo.
Livre da blusa ajeitava os cabelos torcendo-os de lado antes de rodear Akai e ajudá-lo a despir-se, tocando seus ombros para passar os braços em torno deles num meio abraço. Claro que isso não facilitava a retirada da camisa do jovem, mas aumentava o contato entre eles enquanto o Demoni desabotoava os pequenos botões do tecido.

Akai Hataki Woei

Akai Hataki diz:
   Observava o outro, aquele tecido diferente o qual era feita a malha de Kayin, era diferente a textura. Ele a segurou colocando sobre um banquinho para que não fica-se ao chão, sentindo as mãos do outro lhe envolverem aos poucos, sentia a blusa afrouxar a medida que os botões deixavam suas casas ao toque dos dedos do amado, olhava tudo o que ele fazia. Dentro de si sentia uma alegria e emoção muito grandes, pois sabia que ele estava ali consigo, que     voltara    .
 - Minha família viajou...
Comentou em um tom baixo, ao que a blusa ficava agora apenas a pender por seus ombros e revelar o peito nu do jovem, a pele clara e lisa estava intacta, não haviam mais nenhuma marca ali.

Kayin Gannar diz:
   Retirou a peça dos ombros do rapaz com cuidado extremo, como se descobrisse o manto de um rei, da pessoa mais importante que conhecia. Suavemente Kayin se curvou para beijar o ombro desnudo do mortal, deslizando os lábios suavemente até a base de seu pescoço. Era bom sentir novamente a pele clara e macia de Akai, o perfume próprio que ele possuía e que apenas o Demoni conseguia definir, algo suave e proibido como o toque aveludado de um jovem pêssego.
- Eu sei.
Sussurrou baixo, enlaçando-o pela cintura com zeloso cuidado, beijando o topo de seus cabelos escuros. - E como você está? Sempre falamos demais sobre mim.

 Song: [http://www.youtube.com/watch?v=xNWkC_mnjB0]

Akai Hataki diz:
  Acompanhava-o com o olhar, cada gesto, cada toque, ele os sentia com facilidade, eram toques suaves, daquele que amava. Aos poucos um sorriso começou a se formar à medida que os lábios subiam por sua pele desnuda. Ergueu uma das mãos levando-as aos longos cabelos de Kayin e os afagou, virando um pouco apenas o rosto, deixando um leve suspiro escapar por de dentre seus lábios, ao senti-los contra sua pele.
- As coisas estão mais tranqüilas, eu acho... Respondia num tom amoroso, voltando a olhá-lo.
- Eu não consegui concluir o que desejava, mas estou trabalhando em cima uhm... Suspirou.
- Em nossa casa, nosso     lar,      Kayin...

Kayin Gannar diz: 
  Houve um sorriso nos lábios de Kayin antes que beijasse o canto dos lábios de Akai como uma resposta. Admirava o crescente esforço dele em montar tudo e organizar as coisas pensando no futuro, em trabalhar para o que desejava tanto.
- Fico feliz em ver que esteja realizando as coisas que deseja... Isso é o mais importante... Que você seja feliz.
Virou-se devagar até ficar de frente com o jovem e segurá-lo suavemente pelo queixo. Beijava-lhe a ponta do nariz com suavidade e entrava ao box  para abrir o chuveiro, vendo o vapor se formar quando a temperatura chegou no ideal. Voltou-se a ele com o mesmo sorriso despreocupado, puxando-o para perto com os dedos encaixados nos passadores da calça que usava, colando os corpos.
- E o restante... Sua família? - Livrava os dedos dos passadores e começava a soltar as calças de Akai, deixando-as escorregar pelas pernas do belo jovem.

Akai Hataki diz:
   Sorriu mais uma vez serrando os olhos por um breve instante ao sentir o beijo sob o nariz, para então erguê-los e contemplar a imagem de Kayin. - Eles estão bem, meus pais estiveram trabalhando dobrado para fazerem a viagem, queriam que eu fosse junto uhm...
Adentrava o box junto do outro, ajudando-o a tirar a calça ali mesmo, o espaço era grande de modo a não molhar a roupa de ambos. Segurou a calça, estendendo-a sob o vidro do box,  enlaçou-o então pela cintura mais próximo, rosou a face a do outro num breve carinho.
- Mas eu não queria ir, não enquanto você não volta-se...
Suspirou, sentindo a pele do outro, a energia que aquele corpo imanava era incrível, sentia-se ligado a ele, preso por linhas invisíveis, fitas que teciam o destino.