terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Especial - Kayin O. Gnnar e Akai Hataki W.

Song: [http://www.youtube.com/watch?v=UaJaBsfZyuU]


Akai Hataki diz:
Estava sentado na sacada de casa, algumas semanas haviam se passado desde que não vira mais ao outro, do lado de fora da casa chovia, era uma água forte que aos poucos ia diminuindo a intensidade, estava recostado em um dos pilares observando o jardim, fazia muito tempo que não ficava em casa só daquele jeito. Sua família estava viajando, parecia tudo silencioso. Viam-lhe memórias antigas, o dia que conhecera a garota que os pais trouxeram uma vez a casa para conhecê-lo, e depois sua ida a faculdade e os meses sem Kayin.

Kayin Gannar diz:
   O vento que açoitava as gotas de chuva também tocava o tecido molhado e grudado aos ombros daquele que observava os portões da casa. Para si, o tempo havia passado morosamente, devagar em dias inacabáveis. Agora, quanto observava as gotas sobre cada folha e escutava com tamanha nitidez o dobrar de cada flor, sentia-se mais aquecido - mesmo estando ensopado pela água fria daquela chuva pesada, que aos pouco se tornava fina e delicada, apenas um chuvisqueiro rotineiro. Via o jovem à sacada com o olhar distante e a imagem lhe tirava um grave sorriso nos lábios.

Akai Hataki diz:
   Respirou fundo erguendo os olhos, observando além do jardim os portões baixos da lateral da casa, estava mais frio o tempo, deveria ligar o aquecedor interno da casa. Ergueu-se aos poucos e então viu uma figura a muitos metros, não reconhecia de pronto, pois estavam distantes, quando forçou a vista que se espantou ficando pálido, pulou da sacada sem nem olhar para trás, saindo na garoa que caia leve ainda, em passos longos passando pelo caminho de pedras até chegar ao portão de madeira, trancado apenas com a tranca de ferro maleável. Ao que parou diante da mesma segurou a madeira fria, piscando algumas vezes, tentando ter certeza de que não era uma ilusão sua, o rosto molhava com o bater do vento que provocava a queda mais forte das gotículas.

Kayin Gannar diz:
  Aproximou-se do portão e deixou as mãos se assentarem sobre a madeira molhada, sem temperatura que não fosse a própria. Poderia recostar a testa na do jovem se desejasse, mas apenas observou o fundo daqueles olhos que há muito não via. Sorriu, sem deixar nenhuma palavra escapar pelo vão de seus dentes, apenas deixando o vento e a água envolvê-los naquele curto momento de silêncio e reconhecimento.
- Me convide para entrar.

Kayin Okia Gnnar

Akai Hataki diz:
Sentiu as batidas do coração acelerarem ao notar que não era sua imaginação aquilo, buscou a trava da porta com as mãos puxando rápido, um pouco atrapalhado talvez, mas era pela ansiedade, puxando então o portão deixando-os numa distância curta
 - Entre, por favor!...
Erguia uma das mãos um pouco indicando que se aproxima-se, pois ele era bem vindo aquela casa, seus olhos estavam trêmulos, o frio fazia sua respiração ficar mais quente, ele sentia uma sensação de felicidade fora do comum.


Kayin Gannar diz:
   Com o portão aberto, ainda seguro pelas mãos do jovem, observou suavemente o corpo que servia de obstáculo entre a entrada e o jardim. Seu olhar enevoado transmitia o calor que notava igualmente no olhar do jovem humano que lhe abria o caminho para entrar livremente naquela casa protegida.
Dava um passo curto, mas o bastante para aproximar-se demais, talvez até indevidamente do jovem rapaz, o suficiente para respirar mais profundamente seu cheiro inebriante e sentir o calor de suas roupas que iam se molhando com a chuva.
- Venha,vamos sair da chuva.
 Estendia a mão para ele, a mão direita onde estava repousada a aliança que havia sido dada já há algum tempo.

Akai Hataki diz:
   Ele sorriu aceitando a mão do outro, encostou a porta com a outra apenas e o guiou para dentro, ele havia se molhado muito, mas Akai pouco. Caminharam até a cobertura da entrada da casa. Akai retirou os chinelos com os próprios pés, sem deixar a mão do outro a qual segurava, sentindo o outro, Kayin estava frio devido à chuva.
 - Você deve tomar um banho, não quero que se resfrie...
Disse num tom ameno, porém antes de adentrarem a casa, ergueu a outra mão levando a face do outro acariciando-o.
- Eu senti tanto a sua falta...

Kayin Gannar diz:
  Mantinha o olhar fixo em Akai como se fosse uma presa. Não desejava perdê-lo de vista ou esquecer seu rosto, o tom de sua doce voz. Deslizava os dedos entre os dele apenas para sentir a textura de sua pele novamente naquele toque tão cálido, puxando o ar quase desprendia de seus cabelos úmidos como o mais adorável dos perfumes.
Quando alcançaram a sacada e o jovem lhe disse sobre qualquer coisa que envolvia um resfriado - afinal não estava com a atenção nas palavras de Akai - abruptamente puxou-o pela mão, envolvendo-o num abraço sem nenhum pudor. Sequer passou por sua mente que poderiam haver outras pessoas na casa ou na rua... Apenas arrebatou o jovem que lhe pareceu subitamente pequeno entre os fortes braços e mergulhou os lábios contra os dele num beijo cheio de saudades, porém breve. Soltou-se daquela boca contra a própria vontade, apenas com um sorriso delicado nos lábios, feliz de arfar o ar e notar que o jovem estava sozinho.
- Você está certo... Devemos tomar um banho. Eu lavo suas costas se lavar as minhas.




Akai Hataki diz:
   Seus olhos ergueram-se ao sentir ele lhe abraçar, não houve tempo para nada, quando pensou em dizer algo seus lábios estavam unidos aos dele, o que lhe fez perder o ar por alguns instantes, como se aquele beijo lhe tira-se os pés do chão. Seus olhos claros serraram-se sentindo aquela textura macia e o gosto de Kayin, porém ele se afastou e falou consigo. Baixou o olhar por um instante e sorriu contente, ele estava de volta     em casa     . Puxou a maçaneta da porta com uma das mãos indicando que poderia entrar.
 - Eu cuido de você...
Sorriu de canto adentrando a casa. Estava tudo silencioso ali, os empregados haviam tirado férias e tudo estava tranqüilo. Guiou-lhe pelos cômodos até chegarem a seu quarto, encostou a porta apenas e logo foi buscar toalhas para eles. - Como se sente, está tudo bem?

Kayin Gannar diz:
   Era bom estar de volta aquela casa que possuía um cheiro tão familiar. Com seus sentidos podia reconstruir todas as últimas cenas que haviam se passado pelos corredores, escutar o som da água que descia pelas calhas e batia contra as janelas...e o melhor, sentir a respiração de Akai e o bater de seu coração como se fossem uma extensão dele mesmo. Mantinha o sorriso nos lábios até entrar pelo quarto do jovem e observar a chuva pela janela, o dia cinzento como a cor de seus próprios olhos.
- Me sinto bem agora...Aqui... Não podia alongar mais essa ausência.

Akai Hataki diz:
   Ele buscou roupas limpas, secas dentro do armário, quentes tecida de felpudo, brancas para o outro e negras para si.
- Eu estava esperando por você...
Sorriu de canto.
 - Venha, nada de tosse!...
Riu-se gracioso, indicando com a mão que lhe segui-se. Adentraram o banheiro, não parecia ter mudado muito, estava todo arrumado e limpo. Akai sempre tivera aquela característica da organização, o que era algo bom. Ligou o chuveiro esperando que esquenta-se a água, deixou as roupas na cadeira e pendurou as toalhas que estavam sob o ombro no vidro. Então voltou-se para o outro e tocou-lhe o peito com uma das mãos, olhou para ele e sorriu, logo buscando a barra da vestimenta, ajudando-o a se despir da roupa molhada.

Kayin Gannar diz:
  Achava deveras gracioso da parte dos mortais fazer essa singela ligação entre roupas molhadas com tosse e resfriados. Possuía um corpo forte, mas não se achava propenso às doenças assim tão tolas, que as crianças Urhads normalmente tinham. Mas aceitava aquele cuidado carinhoso de Akai de qualquer forma, já que era isso o que lhe importava.
Erguia os braços para facilitar o trabalho do jovem e livrar-se da peça que usava, uma blusa pesada e de gola v, negra como a noite. Era tecida de uma trama diferente de fios muito grossos, que tinham a aparência de lã, mas o toque macio como um veludo.
Livre da blusa ajeitava os cabelos torcendo-os de lado antes de rodear Akai e ajudá-lo a despir-se, tocando seus ombros para passar os braços em torno deles num meio abraço. Claro que isso não facilitava a retirada da camisa do jovem, mas aumentava o contato entre eles enquanto o Demoni desabotoava os pequenos botões do tecido.

Akai Hataki Woei

Akai Hataki diz:
   Observava o outro, aquele tecido diferente o qual era feita a malha de Kayin, era diferente a textura. Ele a segurou colocando sobre um banquinho para que não fica-se ao chão, sentindo as mãos do outro lhe envolverem aos poucos, sentia a blusa afrouxar a medida que os botões deixavam suas casas ao toque dos dedos do amado, olhava tudo o que ele fazia. Dentro de si sentia uma alegria e emoção muito grandes, pois sabia que ele estava ali consigo, que     voltara    .
 - Minha família viajou...
Comentou em um tom baixo, ao que a blusa ficava agora apenas a pender por seus ombros e revelar o peito nu do jovem, a pele clara e lisa estava intacta, não haviam mais nenhuma marca ali.

Kayin Gannar diz:
   Retirou a peça dos ombros do rapaz com cuidado extremo, como se descobrisse o manto de um rei, da pessoa mais importante que conhecia. Suavemente Kayin se curvou para beijar o ombro desnudo do mortal, deslizando os lábios suavemente até a base de seu pescoço. Era bom sentir novamente a pele clara e macia de Akai, o perfume próprio que ele possuía e que apenas o Demoni conseguia definir, algo suave e proibido como o toque aveludado de um jovem pêssego.
- Eu sei.
Sussurrou baixo, enlaçando-o pela cintura com zeloso cuidado, beijando o topo de seus cabelos escuros. - E como você está? Sempre falamos demais sobre mim.

 Song: [http://www.youtube.com/watch?v=xNWkC_mnjB0]

Akai Hataki diz:
  Acompanhava-o com o olhar, cada gesto, cada toque, ele os sentia com facilidade, eram toques suaves, daquele que amava. Aos poucos um sorriso começou a se formar à medida que os lábios subiam por sua pele desnuda. Ergueu uma das mãos levando-as aos longos cabelos de Kayin e os afagou, virando um pouco apenas o rosto, deixando um leve suspiro escapar por de dentre seus lábios, ao senti-los contra sua pele.
- As coisas estão mais tranqüilas, eu acho... Respondia num tom amoroso, voltando a olhá-lo.
- Eu não consegui concluir o que desejava, mas estou trabalhando em cima uhm... Suspirou.
- Em nossa casa, nosso     lar,      Kayin...

Kayin Gannar diz: 
  Houve um sorriso nos lábios de Kayin antes que beijasse o canto dos lábios de Akai como uma resposta. Admirava o crescente esforço dele em montar tudo e organizar as coisas pensando no futuro, em trabalhar para o que desejava tanto.
- Fico feliz em ver que esteja realizando as coisas que deseja... Isso é o mais importante... Que você seja feliz.
Virou-se devagar até ficar de frente com o jovem e segurá-lo suavemente pelo queixo. Beijava-lhe a ponta do nariz com suavidade e entrava ao box  para abrir o chuveiro, vendo o vapor se formar quando a temperatura chegou no ideal. Voltou-se a ele com o mesmo sorriso despreocupado, puxando-o para perto com os dedos encaixados nos passadores da calça que usava, colando os corpos.
- E o restante... Sua família? - Livrava os dedos dos passadores e começava a soltar as calças de Akai, deixando-as escorregar pelas pernas do belo jovem.

Akai Hataki diz:
   Sorriu mais uma vez serrando os olhos por um breve instante ao sentir o beijo sob o nariz, para então erguê-los e contemplar a imagem de Kayin. - Eles estão bem, meus pais estiveram trabalhando dobrado para fazerem a viagem, queriam que eu fosse junto uhm...
Adentrava o box junto do outro, ajudando-o a tirar a calça ali mesmo, o espaço era grande de modo a não molhar a roupa de ambos. Segurou a calça, estendendo-a sob o vidro do box,  enlaçou-o então pela cintura mais próximo, rosou a face a do outro num breve carinho.
- Mas eu não queria ir, não enquanto você não volta-se...
Suspirou, sentindo a pele do outro, a energia que aquele corpo imanava era incrível, sentia-se ligado a ele, preso por linhas invisíveis, fitas que teciam o destino.

3 comentários:

  1. Muito Lindo...eu chorei quando li.
    Estou esperando mais hen...

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  2. Uma boa linguagem... Uma ótima historia... O enrendo entao nem se fale... Gostei bastante... Parabens... ♥

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  3. cara, gostei muito. gosto sempre dos seus personagens! vou seguir você ;)

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